TDAH Levado a sério
    Fake news destacada, refletindo o impacto da desinformação sobre TDAH e a importância de buscar informações confiáveis para o diagnóstico.

    Fake News sobre TDAH: o que você precisa saber para não cair em armadilhas.

    Nos últimos anos, o TDAH tem se tornado um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, mas essa visibilidade também tem gerado um volume considerável de informações falsas e enganosas.

    A propagação de fake news sobre TDAH nas redes sociais é preocupante, pois pode levar a diagnósticos errados e a tratamentos inadequados. Afinal, o TDAH é uma condição séria que afeta tanto crianças quanto adultos, interferindo em aspectos essenciais da vida, como os estudos, o trabalho e as relações pessoais.

    Neste artigo, vamos abordar os impactos da desinformação e como garantir que você obtenha informações seguras e confiáveis.

    Por que as Fake News sobre TDAH são perigosas?

    A popularização do TDAH como tema de discussão, especialmente nas redes sociais, tem sido um paradoxo.

    Enquanto por um lado ajuda a desmistificar a condição e reduzir o estigma, por outro, pode gerar uma percepção distorcida, em que o TDAH é visto por alguns como um 'superpoder'.

    Essa visão romantizada, embora contribua para a conscientização, pode minimizar os desafios reais enfrentados por quem vive com o transtorno.

    Além disso, a oferta crescente de testes on-line e dicas para autodiagnóstico nas redes sociais aumenta o risco de diagnósticos incorretos. Isso reforça a importância de buscar informações de fontes confiáveis e profissionais qualificados.

    Apesar de sua forte carga genética - estima-se que 30% das crianças diagnosticadas têm um dos pais ou ambos com o transtorno - o diagnóstico deve ser feito por profissionais de saúde qualificados.

    A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) destaca que a única forma segura de diagnosticar o TDAH é por meio de uma avaliação médica detalhada, realizada principalmente por neurologistas ou psiquiatras.

    A ascensão das pesquisas e a desinformação sobre o TDAH

    De acordo com dados do Google Trends, ferramenta que mostra a evolução das buscas no Google, ao longo do tempo, ao se analisarem os dois últimos anos, as pesquisas relacionadas ao TDAH dobraram no Brasil. A alta nacional passou de mais de 100%; já na estimativa mundial, o aumento nas pesquisas foi de mais de 60%.

    Esse dado reflete o crescente interesse da população pelo tema. No entanto, a facilidade de acesso à informação, aliada à falta de verificação de fontes, tem contribuído para a disseminação de conteúdos errôneos.

    Uma pesquisa conduzida pelo The Canadian Journal of Psychiatry1 revelou que, entre os cem vídeos mais vistos no TikTok sobre TDAH, cerca de 50% continham informações falsas. Apenas 21% dos conteúdos analisados eram baseados em informações cientificamente comprovadas, o que traz um alerta para quem busca informações sobre o transtorno nas redes sociais.

    A pesquisa utilizou ferramentas de avaliação para medir a qualidade, a clareza e a aplicabilidade dos conteúdos. O estudo revelou que a maioria dos vídeos enganosos foi postada por pessoas sem formação na área da saúde, enquanto profissionais da saúde postaram vídeos de maior qualidade e mais úteis. Esses resultados destacam a importância de se ter cautela ao consumir informações sobre saúde nas redes sociais, dado o risco significativo de desinformação.

    Esses achados também sublinham a necessidade de maior engajamento de profissionais de saúde em plataformas como o TikTok, tanto para oferecer informações precisas quanto para combater a disseminação de dados incorretos.

    Como Evitar a Desinformação sobre TDAH?

    Com mais de 1,4 milhão de publicações no Instagram, utilizando a hashtag #TDAH, a disseminação de informações sobre o transtorno é vasta, mas nem sempre confiável.

    É crucial que, ao buscar conhecimento sobre o TDAH, as pessoas procurem fontes validadas e, sempre que necessário, consultem profissionais de saúde. A batalha contra as fake news é constante, e garantir que as informações sobre saúde sejam precisas é essencial para o bem-estar de quem convive com o TDAH.

    Aliás, é bem esse o propósito deste Portal, oferecer informações confiáveis sobre o tema, com conteúdos respaldados por dados científicos e a experiência de profissionais, criando assim um espaço seguro, onde você possa aprender mais sobre o TDAH e encontrar o apoio necessário para viver melhor.

    Fontes:

    Yeung A, Ng E, Abi-Jaoude E. TikTok and Attention-Deficit/Hyperactivity
    Disorder: A Cross-Sectional Study of Social Media Content Quality. The Canadian Journal of Psychiatry. 2022;67(12):899-906

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